Programa Pasto Verde é destaque da Embrapa

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    Os resultados do Programa Pasto Verde de Recuperação de Pastagens Degradadas e Manutenção da Produtividade do Centro-Oeste, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foram apresentados na Rio + 20.

    O programa complementa as estratégias do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que prevê a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas em todo o País, com adoção de práticas de manejo adequadas e adubação, além de resultar numa redução de 83 a 104 milhões de toneladas CO2-equivalente, até 2020.

    Com transferência de tecnologias e a promoção de acesso a fontes de financiamentos, o programa visa à recuperação anual de 750 mil hectares de pastagens degradadas no Centro-Oeste, totalizando cerca de 8,7 milhões de hectares recuperados até 2022, que evitará a emissão de 48,1 a 60,3 milhões de toneladas de CO2-equivalente. 

    Produtividade – A perda de produtividade das pastagens, principalmente devido ao manejo animal inadequado e à falta de reposição de nutrientes, é o fator que mais tem comprometido a sustentabilidade da produção animal a pasto no Brasil, sobretudo no Cerrado, que cobre grande parte da região Centro-Oeste. Estima-se que cerca de 100 milhões de hectares de pastagens no País estão em fase de degradação, o equivalente a 60% do total da área de pasto. No Centro-Oeste, 80% das pastagens estão degradadas ou em alguma fase de degradação.

    Com o avanço do processo de degradação, ocorre perda de cobertura vegetal e redução no teor de matéria orgânica do solo, com emissão de gás carbônico (CO2) para a atmosfera. Mas a recuperação e a manutenção da produtividade das pastagens contribuem para mitigar a emissão dos gases do efeito estufa.  “O Cerrado na região Centro Oeste tem mais de 20 milhões de cabeças de gado e uma taxa de lotação abaixo de 1 cabeça por hectare. Se conseguirmos elevar esse índice para 1,25 cabeça/hectare com a recuperação das pastagens e a intensificação da pecuária, é possível liberar 14,3 milhões de hectares de áreas que podem ser usadas para outras atividades produtivas, aumentando significativamente a produção de carne, grãos, fibras e madeira”, explica o chefe-geral da Embrapa Cerrados (Brasília-DF), José Roberto Peres.

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